quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O fascinante mundo das bicicletas

No meu último post comentei como me sinto um ET por aqui, especialmente quando ando de bicicleta. Pois é, essa semana estava dando minhas voltas e, aquela mesma história, todo mundo olhando eu passar.
Comecei a pensar, será que é só aqui que é assim? Me lembrei que no Brasil, quando comprei essa mesma bicicleta, usei pela primeira vez no interior de Minas. E era a mesma coisa. Ou seja, não era a cor da minha pele ou a bicicleta, mas o ciclista e o fascínio que o esporte traz, que fazem o mundo parar para ver.
No Brasil, o ciclismo ainda é um esporte pouco difundido e a bicicleta um meio de transporte ainda pouco utilizado. Falta de incentivo para a prática, preço dos equipamentos, mas principalmente, falta de estrutura nas cidades brasileiras impedem que o esporte e o meio de transporte cresçam por aí. Uma pena.
Pena porque em se tratando de meio de transporte, é o mais limpo de todos, e além disso o mais saudável. Invejo os países europeus em que as pessoas não têm carro e podem fazer tudo a duas rodas.
Pena porque como esporte, é fenomenal.
A prova disso é o Tour de France (Volta da França). Para quem não sabe essa é a mais famosa corrida de bicicletas do mundo. Acontece todo ano no mês de julho na França, mas passa por alguns países fronteiriços também. Criada em 1903, hoje envolve cerca de 200 competidores, e percorre durante 3 semanas cerca de 3500 km. Como infraestrutura, depois da Copa do Mundo e Olimpíadas, é considerado o maior evento esportivo do mundo. Milhares de pessoas desembarcam em terras francesas e em caravanas seguem o “Tour”, para apenas verem o pelotão passar durante alguns segundos (a média de velocidade é de cerca de 40 km/h e geralmente todo mundo fica junto). Mais uma vez, pergunto, mas por quê? A resposta que alcancei vem do brilho dos olhos das crianças que me vêm desfilando pelas ruas da Maxixe. É um fascínio inerente pelo ciclismo que todos nós temos desde criança. Afinal, um dos momentos mais marcantes da nossa vida são os primeiros tombos de bicicleta. É ali que finalmente adquirimos nossa primeira independência. É o desejo daquelas crianças tornarem-se independentes. Além disso, voltando para a análise do “Tour” é o limite humano posto em prova dia após dia. Que pena que hoje esteja mascarado pelo doping e outros motivos. Mas no começo, era apenas o homem, a bicicleta, a estrada e o alvo – chegar ao fim de mais uma jornada. 

5 comentários:

  1. Ei Dú! Se vc andasse de bicicleta aqui em Calcutá, não causaria nenhum espanto... Talvez, vc sim ficasse espantado pela loucura do tráfego... Rsrsrsrs!

    Ana Paula

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  2. Eu certamente ficaria fascinado com a quantidade de bicicletas, outro mundo...

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  3. Eduardo,

    estou em Toronto e muita gente usa bicicleta. Claro que é basicamente de março a outubro, nos outros 4 meses não dá. Mas tenho esperança de que o mundo mude, pois os países "desenvolvidos" só pensam no próprio umbigo.

    Um abraço.

    Júlio

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  4. Oi Dú, cada dia vc escreve melhor sabia? Pena que não temos duas bicicletas pra eu te acompanhar nas suas aventuras pela Maxixe... Bjo

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  5. Tenho que começar usar mais a minha bicicleta aqui na Suíca... semana retrasada pedalamos alguns quilometros... quem sabe amanha? Beijos, Dri

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